Ano novo


Durante a vida, cada um de nós vai armazenando um conjunto de
fatos e situações e os sentimentos decorrentes deles. Humanos que
somos tornamo-nos depositários de sentimentos bons e ruins. Todas
estas emoções, se não são devidamente expressas quando ocorrem,
ficam à espera de algum momento propício para se manifestarem.

O Natal e o Final de Ano, envoltos em uma mística espiritual, sensíveis
às reflexões vitais e, às vezes, até com algumas conotações
supersticiosas, são ocasiões que afrouxam nossos corações, liberando
os deuses e os demônios que nos habitam. O encerramento do ano, ao
invés de nos remeter a uma consciência culposa tipo “meã culpa” é o
momento de renovação: renovar a crença na nossa fragilidade
humana e, por conseqüência, na infinita possibilidade de sermos
melhores.

Renovar a esperança ativa de que podemos mudar e construir daqui
para frente. Renovar no desejo de caminhar sempre, apesar das
quedas e dos tropeços e construir a aceitação da realidade tal qual
ela é. Hoje é o primeiro dia do resto das nossas vidas. Hoje é o dia. O
que passou, passou. E o que vem ainda não chegou.
Ao colocarmos os pés em 2012, nada melhor do que nos
aproximarmos de Deus e solicitarmos sua orientação para a paz e a
alegria de viver.

Ser feliz não é estar permanentemente em estado de alegria. É estar
disponível para a vida, sabendo saborear os momentos bons e
atravessar, com humildade e o mais rápido que for possível, os
momentos ruins.

A lamentação pelos infortúnios que nos visitaram no ano que passou é
uma forma de empacar no caminho. As oportunidades que perdemos,
já se foram. Os erros que cometemos estão mortos. Os objetivos não
alcançados desapareceram. Agora é hora de nascer. Deixar o Natal
virar jeito de vida. Começar o ano novo e transformar o Ano Velho em
Mestre, aprendendo com ele. Deixar a perspectiva do futuro inundar
nossa vida.

Antônio Roberto Soares - Psicólogo

Desejo à todos que o ano de 2012 seja de realizações.
Abraço fraterno,

Mel

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