HPV no Homem

No homem, o HPV se manifesta como verrugas em couve-flor
HPV é comumente associado às mulheres por ser responsável por quase 100% dos casos de câncer no colo do útero , mas ele também ocorre nos Homens: O papilomavírus humano, ou HPV, também afeta os homens – e mais do que as pessoas imaginam.
Pesquisa recém-divulgada pelo INCA (Instituto Nacional do Câncer), em parceira com o Instituto de Virologia da Fundação Oswaldo Cruz, mostra que o HPV está associado a até 75% dos casos de câncer de pênis.
Segundo o urologista Antonio Augusto Ornellas, coordenador do estudo, os dados não são capazes de comprovar se o vírus é o principal causador do tumor, mas ao menos deixa claro algum envolvimento no aparecimento da doença. “O HPV pode ajudar a proliferar as células do câncer”, sugere Ornellas, médico responsável pelo setor de Urologia do INCA e do Hospital Mário Kröeff.
O oncologista Sergio Daniel Simon concorda. O especialista, que atua no Hospital Albert Einstein, na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e no Centro Paulista de Oncologia, afirma que a má higiene do pênis, associada à presença de fimose, costuma provocar grande parte dos casos do câncer no órgão genital masculino. Mas também admite que o HPV pode causar uma série de modificações genéticas que, posteriormente, desencadeariam a doença. “Esse tumor se localiza basicamente na pele, mas pode haver penetração profunda”, alerta.

Como identificar o vírus e tratá-lo

As lesões e verrugas em formato de couve-flor (de diversos tamanhos) – uma característica da presença do HPV no organismo – são mais visíveis e fáceis de ser identificadas no pênis (na glande ou no prepúcio) do que na vagina ou no colo do útero. Por isso, nesse aspecto, os homens saem em vantagem na luta contra o vírus.
Uma vez descobertas, lesões e verrugas são tratadas com procedimentos como cauterização, uso de pomadas, crioterapia e cirurgia a laser.
O problema é que nem sempre esses sinais aparecem. E aí, tanto o diagnóstico quanto o tratamento podem ser mais complicado para eles do que para elas. Por isso, caso a parceira seja diagnosticada com a doença, mesmo que não haja marcas no pênis, o homem precisa passar por um exame preventivo: a genitoscopia. Em casos positivos para o HPV, pode ser necessário ainda uma avaliação mais específica, chamado hibridização molecular ou captura híbrida. Esse exame retira uma minúscula amostra de tecido para biópsia.
A falta de um diagnóstico precoce e alguns obstáculos, como cepas (tipos) resistentes do vírus e imunidade baixa, porém, podem tornar o tratamento complicado e ineficiente. Nesses casos, o risco do HPV provocar um câncer aumenta, assim como a necessidade de retirada de boa parte do pênis. “Mesmo com a amputação, felizmente, há como deixar uma parte do órgão que possibilite ao homem ter relações sexuais e urinar”, lembra o urologista do Inca, Antonio Augusto Ornellas.

É possível prevenir?

O HPV é transmitido sexualmente ou pelo contato via oral ou genital com fluidos contaminados, que afeta a área genital e a mucosa oral. Portanto, assim como toda doença sexualmente transmissível, o vírus também pode ser barrado com o uso de camisinha – tanto feminina quanto masculina. Essa proteção, porém, não é tão eficaz para o HPV quanto é para outras DSTs. “O homem pode contrair o vírus pela bolsa escrotal, por exemplo, que não recebe a proteção da camisinha”, alerta Ornellas.
Quanto à vacina contra o HPV – três doses, com um custo alto ainda no Brasil e indicada apenas para mulheres sexualmente ativas – teoricamente, ela também poderia ser um recurso de prevenção para os homens. Mas, segundo os especialistas, além de brecar a atuação apenas dos tipos mais comuns de HPV, ainda não há estudos comprovando a eficácia ou atuação da vacina para o sexo masculino.

Fonte: Portal Terra

“Homem-árvore” - Imunodeficiência ao HPV - Papiloma Vírus Humano

Um pescador da indonésia, Dede, deixou médicos locais sem respostas há duas décadas. Depois de cortar seu joelho, várias crostas de pele rígidas começaram a surgir de sua ferida, e então por suas mãos, pés e rosto.
Com a doença, Dede foi abandonado pela mulher, e com duas filhas, chegou mesmo a fazer parte de um “circo de horrores“, recebendo dinheiro para se expor em público. Foi batizado de “homem-árvore”.

Mas a cura parece ter finalmente chegado a Dede, com um documentário do Discovery Channel que pagou a um médico para finalmente diagnosticar a doença. Segundo o doutor Anthony Gaspari, Dede foi infectado pelo Papiloma Vírus Humano (HPV), que comumente causa pequenas verrugas. Mas Dede parece sofrer de uma rara falha genética que impede seu sistema imunológico de conter as verrugas.

Um outro homem na Europa Ocidental também parece ter exatamente a mesma condição de Dede.

Fonte: miliano.blogspot.com

Vírus do papiloma humano

O vírus do papiloma humano (VPH ou HPV, do inglês human papiloma vírus) é um vírus que infecta os queratinócitos da pele ou mucosas, e possui mais de 200 variações diferentes. A maioria dos subtipos está associada a lesões benignas, tais como verrugas, mas certos tipos são frequentemente encontrados em determinadas neoplasias como o cancro do colo do útero, do qual se estima que sejam responsáveis por mais de 90% de todos os casos verificados.
A principal forma de transmissão do HPV é por via sexual, sendo a doença sexualmente transmissível (DST) mais frequente. Estima-se que 25 a 50% da população feminina mundial esteja infectada, e que 75% das mulheres contraiam a infecção durante algum período das suas vidas. A maioria das situações não apresenta sintomas clínicos, mas algumas desenvolverão alterações que podem evoluir para cancro. O exame de rastreio para diagnóstico destas alterações é a citologia cervical ou Papanicolau. A infecção também pode ocorrer no homem, embora as manifestações clínicas sejam menos frequentes do que na mulher.
Sinais e sintomas
O tipo e gravidade dos sintomas dependem da variante (tipo) de HPV e do local de infecção. A principal destrinça feita entre as variantes do vírus distribui-os por duas categorias: os que infectam as superfícies cutâneas em geral, e os que infectam a região genital. Seja qual for a região afectada, na maior parte dos casos a infecção é assintomática e resolve-se espontaneamente sem deixar sequelas. Alguns tipos de vírus, contudo, e em especial os que afectam a área genital, podem causar alterações que vão desde lesões benignas a câncer.
Verrugas
A manifestação mais característica e frequente da infecção por HPV é a formação de verrugas, que são lesões hiperproliferativas benignas também designadas por papilomas, de onde deriva o nome do vírus. Contudo, diferentes subtipos de HPV são responsáveis por infecção preferencial em diferentes zonas, sendo capazes de causar diversas patologias.
Verrugas: São causadas por subtipos cutâneos como o HPV-1 e HPV-2, e podem ocorrer em locais como as mãos, os pés e a face, entre outros. A forma de transmissão do vírus inclui o contacto casual com zonas infectadas, podendo ocorrer auto-inoculação para novas áreas. Este tipo de manifestação está geralmente associada a indivíduos mais jovens, e não aparenta estar relacionada com um aumento do risco de cancro.
Condiloma acuminado: Mais de 30 variantes de HPV infectam a região genital, embora os tipos 6 e 11 sejam os principais responsáveis por cerca de 90% dos casos, podendo causar verrugas na vulva, pénis e ânus. Estes condilomas verificam-se sobretudo em populações adultas e sexualmente activas, sendo mais frequente nas mulheres (dois terços dos casos).
Papilomatose respiratória: Esta manifestação rara decorre com a formação de verrugas ao longo das vias respiratórias, podendo causar obstrução à passagem do ar e obrigando a intervenções cirúrgicas recorrentes para a sua excisão.
Cancro
Frequência mundial do cancro, e relação com o HPV (a vermelho).É a consequência mais grave da infecção por HPV, e vários tipos, de entre os quais o 16, 18, 31 e 45, são considerados de risco elevado para o desenvolvimento de cancro. Os tipos de cancro que estão em alguma medida associados com o HPV incluem cancro do colo uterino, do ânus, da vulva, do pénis e da cabeça e pescoço. Destes, o mais importante (no sentido em que foi aquele em que se encontrou uma maior taxa de correlação com a infecção) é o cancro do colo do útero, considerando-se que 95% dos casos, ou até mais, são devidos ao HPV.
Estirpes cutâneas
Devido à cápside proteica, o HPV pode resistir durante períodos prolongados em várias superfícies. Alguns cuidados que podem evitar a infecção incluem:
Proteger os pés com calçado apropriado em balneários públicos
Evitar o contacto com a superfície de sanitários de uso público, e outras superfícies com nível de higienização duvidoso
Tratar as verrugas, para evitar que o vírus seja transportado acidentalmente para zonas de pele sadia e cause um novo foco (auto-inoculação)
Estirpes genitais
A principal via de contágio das variantes genitais do HPV é através de contacto sexual, factor importante na prevenção.

  • Evitar comportamentos sexuais de risco – Nomeadamente através do uso de preservativo com parceiros ocasionais, com a vantagem acrescida de proteger contra outras DSTs. De acordo com alguns autores, a aplicação de microbicidas tópicos antes da relação sexual também parece prevenir a infecção por HPV.

  • Evitar o contacto com a superfície de sanitários de uso público, e outras superfícies com nível de higienização duvidoso.

  • Vacina contra o HPV – Encontra-se disponível em vários mercados vacinas (Gardasil, Cervarix) contra algumas estirpes de HPV implicadas na génese do cancro do colo do útero e dos condilomas acuminados, que são capazes de evitar a infecção. É de notar, contudo, que não são eficazes caso a doença tenha sido adquirida antes da administração da vacina, e que apenas protegem contra a infecção por determinadas estirpes e não de todas, pelo que a realização de rastreios regulares continua a ser indispensável. Indivíduos infectados com um tipo de HPV podem ainda beneficiar do efeito protector da vacina contra a infecção pelos outros subtipos que esta cobre.

  • Papanicolau – O exame citológico de rotina é a maneira mais eficaz de detectar as alterações celulares causadas pelo HPV, permitindo assim a intervenção antes da evolução para cancro.
A transformação em células malignas é um processo lento, e ocorre em pessoas que têm uma infecção persistente durante muitos anos. Contudo, esta infecção pode não estar associada a manifestações como condilomas, o que justifica a realização de testes de rastreio regulares
Prognóstico
As lesões cutâneas (verrugas) não são em geral preocupantes do ponto de vista do quadro clínico. A principal complicação está relacionada com a evolução para cancro das lesões causadas por alguns tipos de HPV, em especial no colo do útero. As lesões observáveis por citologia ou biopsia são categorizadas em três estádios, que vão desde CIN-I (displasia ligeira) a CIN-III (carcinoma ‘’in situ’’), que tem elevada probabilidade de evolui para cancro cervical invasivo. Uma maior extensão da displasia acarreta um pior prognóstico, pelo que quanto mais cedo é feito o diagnóstico, melhores são as hipóteses de que as lesões sejam controladas com tratamento. É muito improvável que após diagnóstico e início de tratamento a displasia evolua para cancro.
Em doentes imunocomprometidos, o risco de evolução para cancro encontra-se elevado, devido à menor capacidade de resposta contra o agente agressor, assim como à diminuição da capacidade de detectar e destruir as células infectadas.
O resultado de um Papanicolau pode por vezes indicar a presença de células atípicas (ASCUS, do inglês atypical cells of undertemined significance). Como o nome indica, estas células atípicas não têm um significado claro, mas são uma indicação para aumentar preventivamente o nível de vigilância.
Passado e Futuro
Os condilomas acuminados, manifestação típica de uma infecção genital por HPV, são conhecidos desde a antiguidade e desde então reconhecidos como uma doença venérea. O termo deriva da junção do termo Latim "condyloma" ou Grego "kondyloma", que significa tumor duro, e do termo Latim "acuminare", cujo significado é tornar pontiagudo ou aguçar.
No início do século XX, realizaram-se estudos com filtrado acelular obtido de verrugas genitais, que se provou causarem o aparecimento de verrugas na pele, e indicou a etiologia viral da infecção.
Foi no final da década de 1960, com o advento da microscopia electrónica, que se detectaram e caracterizaram as partículas virais em amostras de verrugas genitais. No início dos anos 1970, estudos epidemiológicos evidenciaram que a transmissão do HPV ocorria por contacto sexual.
Na segunda metade dos anos 1970, foi constatado que as alterações induzidas pelo HPV poderiam levar à malignização e ao cancro, tendo desde então inúmeros estudos comprovado a elevadíssima relação entre infecção por HPV e cancro do colo do útero e no final dos anos 1990 descrevia-se a presença viral em aproximadamente 100% dos casos de câncer cervical. Por esse motivo passou-se a afirmar que não existe câncer do colo sem HPV. Desde então, uma grande variedade de estirpes foi identificada por análise de ADN (mais de 200), encontrando-se agora bem caracterizadas mais de 85, de entre as quais as que causam a quase totalidade do carcinoma cervical. A partir da segunda metade dos anos 1990 o vírus HPV passou também a ser associado a alguns casos de câncer peniano. Embora ainda seja um assunto controverso pois admita-se outras hipóteses causais (p.ex. fimose), estudos utilizando PCR descrevem a presença de HPV no carcinoma peniano variando de 30 a 100% dos casos. Estudos recentes também tentam estabelecer uma correlação importante entre cânceres de orofaringe e o HPV. Tais estudos tentam explicar o aumento desses tipos de câncer através do aumento da prática do sexo oral ao longo das últimas décadas. Entre os anos de 2006 a 2007 o HPV pôde ser encontrado em 93% dos tumores localizados na boca e na faringe.
Em 2006 completou-se o desenvolvimento de duas vacinas contra alguns subtipos de HPV, que utilizam a proteína L1 da cápside. Estas vacinas, agora disponíveis no mercado, permitirão (segundo as expectativas) diminuir em mais de 70% o número total de cancros do colo do útero no prazo de cerca de 20 anos, caso as nova gerações de mulheres sejam vacinadas (uma vez que elas apenas são activas antes da infecção se instalar).
De futuro, é possível que as vacinas sejam mais abrangentes no espectro de HPV que cobrem, aumentando ainda mais os seus benefícios.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

7 comentários:

  1. Gostaria de saber se existe injeção para tratamento de hpv( verugas), nas mãos....

    obrigada

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  2. Gostaria de saber se existei tratamento com injeção de HPV (verrugas), para as mãos....
    obrigada

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  3. Bom dia!
    Conforme está descrito no texto,
    "Uma vez descobertas, lesões e verrugas são tratadas com procedimentos como cauterização, uso de pomadas, crioterapia e cirurgia a laser".
    Sendo assim,caso já tenha o diagnóstico médico, aconselho que procure o mesmo, para que seja feita uma avaliaçao sobre seu caso e sejam tomadas as devidas providencias.
    Obrigada pela visita ao blog, espero volte sempre!
    Abraço fraterno!

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  4. Gostaria de saber se depois do tratado do vírus se o organismo elimina-o total? E pra quem ja tem o vírus do hiv como fica ?

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    1. Se você já tem confirmado por exames o HIV e tem dúvidas sobre o tratamento do HPV, te aconselho procurar um médico para melhor se informar sobre o assunto e seguir adequadamente a orientação médica.
      Felicidades.
      Obrigada pela visita.

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  5. gostaria de saber se quem já teve durante a gravides e não tem mais poder voltar?
    ou o virús fica no sangue.

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  6. Olá Bruna Macedo.
    Primeiramente deve saber se realmente ficou curada, pois o tratamento, normalmente dura 2 anos e, em muitos casos se torna assintomático.
    Outro fator importante a ser mencionado é que existem vários tipos de HPV, 13 deles são oncogênicos, portanto poderá sim ocorrer contato com outro tipo viral.
    O aconselhável é que o ato sexual seja feito com o uso de preservativo.
    Outro detalhe importante, já que envolveu uma gravidez é a certeza que a criança não adquiriu o vírus do HPV na gestação. Caso seja positivo necessita de tratamento também.
    Visite o médico ginecologista periodicamente.

    Irei postar mais sobre este assunto esclarecendo dúvidas.
    Agradeço sua visita e a pergunta foi pertinente.

    Conto com sua presença.

    Grande abraço.
    Paz e Luz Divina!

    Mel

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