Era uma vez, um jardim encantado onde só entrava quem
recebia permissão
Esse jardim cheio de flores se chamava coração.
Lá havia um tipo especial de flor, uma rosa alaranjada,
Ela amava todas as flores e por todas era amada.
Um rapaz mal intencionado, percebeu que a flor era especial
E na calada da noite, sorrateiramente invadiu o roseiral.
Ele queria que a rosa embelezasse seu paletó,
Mal sabia que a rosa laranja por ele só sentia dó.
Ele a arrancou de seu solo fértil e pra longe a levou
A rosa murcha de tristeza aos poucos se fechou.
Aquela pequena flor que brilhava para quem a sorria
Agora a cabeça abaixava e chorando todos os dias vivia
Suas pétalas desbotadas já não embelezavam o terno do moço
Ele então arrancou pétala por pétala e as jogou no fundo do
poço.
A pequena rosa que antes foi bonita e perfumada
Agora era história, lembrança de outra vida, uma vida em que
foi amada.
O rapaz nunca mais roubaria de um jardim outra flor
Aquela rosa não podia ser colhida, devia ser plantada, ela
se chamava amor.
Com o caule morto da rosa já despedaçada, o homem se deu a
chorar.
E de algo que não deu certo, machucou e virou pó
E o homem aprendeu que só assim a vida floresce e só assim a
vida dá flor.
Mariana Siqueira
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