"Uma biografia mais merecedora de um filme do que a militante birmanesa Aung San Suu Kyi, Prêmio Nobel da Paz 1991 e lutadora incansável pela democratização de seu país, a antiga Birmânia, desde 1989 rebatizada como Mianmar.
A homenagem a essa mulher, que passou 15 anos em prisão domiciliar e renunciou à vida familiar em prol da política, concretiza-se em "Além da Liberdade", do diretor francês Luc Besson, estrelado pela atriz malaia Michelle Yeoh.
A expectativa é que se trate de uma viagem breve. Mas, justamente aí, a até então pacata dona de casa foi conquistada pelo movimento libertário de seu país, escudada no carisma de seu pai e tornando-se, por isso, a candidata ideal para liderar a Liga Nacional pela Democracia, então engajada em eleições. Uma limitação com que o filme tem de lidar é a persistência de um cenário único, já que a militante, cujo partido vence aquelas primeiras eleições, logo fraudadas, é posta em prisão domiciliar.
A saída encontrada, nem sempre do melhor modo, é colocar o marido mais no centro do drama, acompanhando seus esforços, quase sempre frustrados, de enfrentar a burocracia de Mianmar, que lhe nega e aos filhos os vistos de entrada que solicitam para ver Aung Suu Kyi."
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