“O caso de Bridey Murphy” de Morey Bernstein, um “best-seller” mundial, foi publicado no Brasil pela editora “ O Pensamento”, e relata o caso de uma senhora que, submetida a sessões de hipnose, regrediu a vidas passadas, trazendo preciosas informações, posteriormente confirmadas por pesquisas.
Desde garoto, Morey aprendeu com os pais o caminho da religião. Eles lhe ensinaram a ir todos os domingos à igreja, a ler e acreditar nas palavras da Bíblia e a fazer regulamente as suas orações. Deus nos teria criado para a Fé e para a adoração, e este sem dúvida era o caminho da salvação para o céu de completa felicidade.
Tudo era paz na sua intimidade até que, aos 16 anos, Morey defrontou-se com uma situação que o deixou intrigado ante as noções religiosas que tinha aprendido em casa e na igreja.
Na sua classe escolar havia dois colegas que lhe chamavam a atenção, por ser um exatamente o oposto do outro. Keith era o bonitão da turma, inteligente, alegre, cheio de vida, era também o melhor aluno e, no esporte, o melhor atleta. Diante das garotas, o mais cortejado. Os professores tinham por ele verdadeira adoração. E além de tudo, como se não bastasse tanto privilégio, era filho da família mais rica da cidade. Tudo a seu favor: um privilegiado de Deus.
Orlando, por outro lado era o mais atrasado da classe, talvez da escola. Não tinha boa aparência e encontrava dificuldades em todas as matérias. Frequentemente era motivo de chacota por parte dos colegas, que pareciam não compreender suas dificuldades e limitações. No esporte, uma lástima! Triste, tímido, gago, cheio de complexos, Orlando não se dava bem em nenhum jogo, demonstrando que não levava jeito para a coisa. Para completar era pobre e discriminado. Vinha mal vestido para a escola, sempre se sentava nos últimos lugares com medo do professor. Um desdenhado da sorte!...
O jovem Morey sofria observando aquela brutal diferença entre os dois e perguntava a si mesmo por que o mundo tinha que ser assim. Certa vez, tentou questionar a mãe a respeito, mas esta lhe deu uma desculpa qualquer e não respondeu:
- Por que uns tem tanto, mãe, e outros não tem nada? Por que alguns são tão felizes e saudáveis, enquanto outros tão desventurados e limitados? Porque Keith tem que ser sempre o melhor que Orlando, mãe? Como você me explica isso?
Um dia, para completar a desgraça, Orlando foi atropelado por um caminhão, quando atravessava distraidamente a rua. Conduzido para o hospital com muitos traumatismos no corpo, sofreu por vários dias, vindo a falecer.
Morey ficou revoltado. Chegou em casa profundamente transtornado e foi logo perguntando:
- Mãe, Deus é justo?
- Sim meu filho.
- Mãe, Deus é bom?
- Claro, meu filho. Não é o que você lê na bíblia todos os dias?
- Então me explica uma coisa, mãe... E relatou toda a história de Keith e Orlando. Queria que a mãe lhe mostrasse, naquele caso, a onde estavam a justiça e bondade de Deus.
- Bem, Morey, a bíblia nos ensina o caminho da fé. Deus sabe o que faz, nos é que não sabemos por que as coisas acontecem. Não nos compete julgar os desígnios de Deus NESTE CASO, MEU FILHO. Somente a fé e o amor em Jesus nos levam a aceitar a vida como é, sem questionamentos...
- Mãe, não posso acreditar numa coisa que não compreendo! O que fizeram Keith e Orlando para terem destinos tão diferentes? Não posso acreditar num Deus que não trata seus filhos da mesma maneira, sendo bom para um e cruel para com outro. É muita injustiça, mãe! Por que Ele – que é todo-poderoso como vocês falam, criou os fracos e os fortes, os felizes e os infelizes? Por que não criou iguais todos os seus filhos? Por que uns têm que sofrer tanto como Orlando e outros são tão felizes como Keith?
- Não fale assim, meu filho. Você está blasfemando contra Deus. Não podemos entender essas coisas!
- Se não posso entender, mãe por que Deus me deu inteligência? Por quê? Para perceber que tudo está errado e, mesmo assim, ter que concordar com Ele?
E concluiu:
—Nem sei mais se Deus existe, mãe... Será melhor que não exista!
Daquele dia em diante, Morey Bernstein abandonou a religião e declarou-se ateu, segundo ele próprio relata na sua obra “O CASO DE BRIDEY MURPHY”. Só muito mais tarde, quando já tinha constituído família, ele conseguiu respostas às suas indagações, ao tomar contato direto com um extraordinário caso de reencarnação.
Como já analisamos interiormente, a Terra seria palco das maiores injustiças, se o Espírito tivesse tão somente uma única existência. Não teríamos como explicar os diferentes destinos das pessoas, que nascem, vivem e morrem nas mais díspares circunstâncias. A partir do momento em que o indivíduo é concebido no ventre materno, inicia uma jornada sobre a Terra e cada qual o faz de uma forma única, particular, inconfundível, demonstrando que os Espíritos já nascem desiguais, depois, vão viver também em diferentes condições e, possivelmente, morrerão de formas tão desiguais como nasceram e viveram, tal qual Keith e Orlando.
Emocionante a forma clara e objetiva como o autor conceitua a reencarnação.
ResponderExcluirConcordo, Elizieth.
ExcluirObrigada pela visita.
Conto com sua presença e participação.
Abraço fraterno.